Com a chegada do verão, o aumento no consumo de energia é inevitável. Se você acompanhar seu histórico, comprovará que entre novembro e março, a quantidade de kWh registrado é superior aos outros meses, com exceção do mês de junho, que também tem um consumo diferenciado. O consumidor muitas vezes acaba confundindo aumento de consumo, com aumento da tarifa. No caso da Cerbranorte, o reajuste tarifário acontece apenas uma vez ao ano, sempre em setembro.
Para entender um pouco mais sobre como funciona o cálculo para o reajuste tarifário, assista ao vídeo produzido pela Aneel clicando aqui.
O que as pessoas não podem esquecer é que as cobranças de ICMS, tributo arrecadado e repassado para o Governo Estadual, e a COSIP, taxa de iluminação pública arrecadada e repassada para a Prefeitura Municipal, são definidas a partir de uma tabela classificada pela faixa de consumo. Para você entender melhor, o ICMS é calculado da seguinte forma: os primeiros 150 kWh consumidos tem uma taxa de 12%, qualquer consumo acima disso é calculado com percentual de 25%. Já a COSIP tem uma tabela que define o valor da taxa baseado na quantidade de kWh. Confira:
Na fatura de energia há o quadro da composição da fatura, onde os custos da tarifa são apresentados separadamente. Na descrição do item “ENERGIA”, por exemplo, está o custo estimado para geração de energia no Brasil. Na “TRANSMISSÃO” está o custo para levar a energia das geradoras até às distribuidoras. Ou seja, todos esses itens: Energia, Distribuição, Transmissão, Encargos e Perdas, compõem o preço final da tarifa de energia elétrica definido pela ANEEL, e não podem ser analisados isoladamente. O que acaba confundindo os consumidores é que a fatura de energia é detalhada, diferente dos remédios, por exemplo. Você já pensou como é feito o cálculo do preço dos remédios que você compra? Quando você paga R$50 em uma caixa de remédio, quanto disso é o custo de fabricação do produto, embalagem, frete, impostos? Então, na fatura de energia há transparência e os custos são informados detalhadamente para que o consumidor saiba o que está pagando.
De acordo com a Aneel, conforme o gráfico abaixo, os custos de energia no Brasil representam atualmente a maior parcela de custos (53,5%), seguido dos custos com Tributos (29,5%). A parcela referente aos custos com distribuição, ou seja, o custo para manter os ativos e operar todo o sistema de distribuição representa apenas 17% dos custos das tarifas.
E outra dica básica, porém, já dita inúmeras vezes, é o uso consciente. Desligar o que não está sendo usado ou reduzir o tempo de uso é o primeiro passo para quem realmente quer começar a economizar energia. Lembre-se, você poderá ter total controle sobre o seu consumo. Existem diversas formas de acompanhar o uso dos kWh, saber os horários de maior consumo e, desta forma, adaptar seus hábitos para reduzir o valor da fatura. O consumidor tem muitos direitos, porém, não pode esquecer de todos os seus deveres. Informe-se, tire suas dúvidas e faça sua parte!